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SAÚDE

2022 pode marcar o fim do estágio agudo da pandemia de COVID-19, avalia OMS

Há dois anos, na virada de 2019 para 2020, uma nova ameaça global emergia enquanto pessoas em todas as partes do mundo se reuniam para comemorar o Ano Novo. Mais de 40 meses depois, com a humanidade já completamente imersa no "novo normal" pandêmico, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, expressou otimismo em relação a 2022, ano decisivo em que a crise de saúde pode ser revertida. 

Em 2021 o número aumentou para 3,5 milhões, mas os dados verdadeiros são ainda mais devastadores, considerando os altos índices de subnotificação. Dentre os sobreviventes, milhões tiveram suas vidas mudadas radicalmente, e lidam com sequelas de longo prazo.

Durante os encontros do G7 e G20 - as maiores economias do mundo -, a OMS desafiou líderes a vacinar 40% de suas populações até o final de 2021 e 70% até a metade de 2022. Com apenas alguns dias faltando para o fim do ano, 92 dos 194 Estados-membros falharam em cumprir a meta. 

Tedros atribuiu o fracasso ao fato de países de baixa renda terem recebido suporte limitado durante a maior parte do ano. Quando os imunizantes finalmente chegavam estavam perto do prazo de validade, e frequentemente eram entregues sem partes-chave, como seringas. 

Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (29), o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, expressou otimismo em relação ao rumo da pandemia de COVID-19, e lembrou que 2022 pode marcar o fim do estágio agudo da crise de saúde global. 

Olhar para trás neste final de ano significa se deparar com o rastro sombrio deixado pelos últimos 45 meses desde que foi declarada a pandemia. Em 2020, 1.8 milhões de mortes em decorrência da COVID-19 foram registradas. Em 2021 o número aumentou para 3.5 milhões, mas os dados verdadeiros são ainda mais devastadores, considerando os altos índices de subnotificação. Dentre os sobreviventes, milhões tiveram suas vidas mudadas radicalmente, e lidam com sequelas de longo prazo causadas pelo coronavírus.

Tsunami de casos - Neste momento, as variantes Delta e Omicron estão elevando o número de casos, assim como as hospitalizações e mortes. Diante do cenário, Tedros está "severamente preocupado" com a alta transmissibilidade da variante Omicron. Caso circule durante o mesmo tempo que a Delta, a nova forma da doença poderia levar a um "tsunami de casos". 

Mais cedo no ano, durante os encontros do G7 e G20, as maiores economias do mundo, a OMS desafiou líderes a vacinar 40% de suas populações até o final de 2021 e 70% até a metade de 2022. Com apenas alguns dias faltando para o fim do ano, 92 dos 194 Estados-membros falharam em cumprir a meta. 

Tedros atribuiu o fracasso ao fato de países de baixa renda terem recebido suporte limitado durante a maior parte do ano. Quando os imunizantes finalmente chegavam estavam perto do prazo de validade, e frequentemente eram entregues sem partes-chave, como seringas.  

Metas - "A meta de 40% era alcançável. Isso vai além de um fracasso moral, porque custou vidas e garantiu ao vírus as oportunidades para circular sem restrições e sofrer novas mutações", disse.

O chefe da OMS também alertou que as doses de reforço aplicadas nos países mais ricos podem levar os países de baixa renda a ficar desamparados, e pediu aos líderes das nações desenvolvidas e aos fabricantes de vacina que trabalhem juntos para alcançar a meta de 70% até julho.

Vitórias - Mais cedo durante a coletiva de imprensa, Tedros reconheceu que derrotar as novas ameaças de saúde requer ciência, soluções e solidariedade. Ao elaborar alguns sucessos, como o desenvolvimento de novas vacinas, o funcionário da OMS lamentou que a política muitas vezes triunfe sobre a solidariedade.

"Populismo, nacionalismo estreito e o acúmulo de recursos de saúde, incluindo máscaras terapêuticas, diagnósticos e vacinas por um número pequeno de nações destruíram de antemão qualquer possibilidade de igualdade de condições no combate ao vírus. Essas ações também criaram as condições ideais para o surgimento de novas variantes", avaliou, taxativo. 

Como exemplo, Tedros destacou que enormes ondas de infecções varreram a Europa e muitos outros países, fazendo com que os não vacinados morressem desproporcionalmente. Afinal, aqueles que não foram imunizados correm muitas vezes mais risco de morrer devido a qualquer uma das variantes.

Futuro - À medida que a pandemia se arrasta novas variantes podem se tornar inteiramente resistentes às vacinas disponíveis, sendo necessárias adaptações sobre as quais pouco sabemos. Para o diretor da OMS, uma atualização vacinal pode significar o comprometimento dos estoques. Por isso, é importante incentivar o desenvolvimento de novos centros de produção. 

Uma maneira de aumentar a produção de ferramentas que salvam vidas — ele disse — é agrupar tecnologia, como no novo Sistema Bio Hub da OMS, um mecanismo para compartilhar voluntariamente novos materiais biológicos. Como alternativa, Tedros também apontou o novo HUB de Inteligência Epidêmica da OMS, baseado em Berlim.

Finalmente, o chefe da OMS pediu pelo desenvolvimento de um novo acordo entre nações, dizendo que esse é um "pilar essencial" de um mundo mais preparado para lidar com a próxima doença. "Espero ver as negociações avançarem com agilidade e os líderes agirem com ambição", concluiu. 

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