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SGT ALEXANDRE DA ROSA

Criciúma prestes a dar um péssimo exemplo ao Estado

Caminhando na contra mão da democracia, a cidade de Criciúma está prestes a testemunhar uma votação digna de regiões onde a corrupção faz as suas próprias regras. Por um instante você terá a impressão de que estamos tecendo comentário sobre o passado da Líbia, de Muammar Gaddafi. Lugar onde os políticos diziam amém para todas as sandices do excêntrico ditador. De certa forma a história é a mesma, mas o contexto é outro.

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O que está por vir de tão sombrio, que possamos comparar a um exemplo tão insano de gestão? Pois bem, no próximo sábado, nossos vereadores irão votar uma proposição idealizada pelo nosso querido prefeito, ou seja, excluir o direito dos pais e dos alunos de poderem eleger a diretora de escola de sua comunidade.

Loucura? Não, apenas uma estratégia maquiavélica! Tirando o direito de você votar, o “homem que dá jeito” abrirá precedente para poder indicar quem ele bem entender, transformando a escola num mero cabide de emprego.

Aí você imagina instituições de ensino como o Hercílio Amante (Vila Floresta), Maria de Loudes Carneiro (Vila Francesa), Jorge da Cunha Carneiro (Próspera), Dionízio Milioli (Ana Maria), Ângelo de Lucca (Pedro Zanivan), entre outras instituições que criaram um conceito de educação de primeiro mundo, em razão do modelo de gestão profissional aplicada, e que, da noite para o dia, serão afetadas pelo espirito lambão da incompetência política.

A quem diga que foram tantas as promessas de campanha, que mesmo que tivéssemos o volume de empregos equivalentes a duas prefeituras, ainda assim, não teríamos lugar para tantos comissionados. Compreendeu agora o porquê de o nosso querido prefeito ter tanta resistência ao concurso público?

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Contudo, acreditamos que se os vereadores optarem por não fazerem a “vontade do grande soberano”, essa vergonhosa realidade passará pela história de Criciúma apenas como mais um delírio político. Assim estaríamos isentos de sermos envergonhados nacionalmente.

Mas a educação? E a vontade da comunidade? Os nossos princípios democráticos tão debatidos nas escolas, como ficariam? Esses questionamentos certamente serão respondidos pelos vereadores, caso digam amém para a maior irresponsabilidade da história de Criciúma.

Resta saber se será vantajoso ao vereador acrescentar ao seu currículo um absurdo tão grande como esse. Ser taxado de antidemocrático em tempos modernos é tão vergonhoso quanto vender a própria alma.

Se tivesse enviado ao legislativo um projeto em que caberia aos professores a missão de escolher a Secretária de Educação do Município, talvez a sua imagem tivesse outro olhar, sobretudo quando se vislumbra a cadeira do governo do estado. Teríamos um belo exemplo de quem realmente se preocupa com a educação.
Não há dúvida de que Criciúma figuraria positivamente nas páginas dos principais jornais do país. Mas para isso acontecer precisaríamos de um homem de coragem!

Escolher o sábado, no apagar das luzes, para o dia de uma votação - é de uma maldade comparada a estratégia de Judas, quando o mesmo arquitetou a traição de Cristo. Sabemos que o sofrimento do Salvador iniciou com trinta moedas e um amargo beijo. Como resultado, Judas foi premiado com pouco mais de um metro de corda.

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Nesse sábado, o espírito ganancioso que tanto atormentou o tal Iscariotes estará novamente rondando o legislativo municipal. Desta vez, o traído pode ser você. Resta saber quem será o louco que dará morada a ele e ao suicídio político!