O Estudo NutriNet Brasil vai acompanhar 200 mil pessoas por dez anos de todas as regiões do País para identificar características da alimentação brasileira que aumentam ou diminuem o risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) frequentes, como obesidade, diabetes, hipertensão, doenças do coração e câncer. Inédita no Brasil, a campanha da pesquisa será lançada oficialmente no dia 26 na plataforma digital NutriNet Brasil.
Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o estudo será realizado pela Internet para que o acesso seja o mais democrático possível. Ao utilizar pela primeira vez a plataforma, será necessário realizar um cadastro e responder breves questões sobre a alimentação e seu estado de saúde. No intervalo de duas semanas, a pessoa receberá mensagens via e-mail e/ou SMS para preencher mais dois questionários simples e rápidos sobre a alimentação. Ao longo do acompanhamento, novas notificações virão para responder outras perguntas sobre a alimentação, condições de saúde e demais fatores que podem influenciar o risco de doenças crônicas. As respostas dos voluntários serão enviadas com segurança ao sistema InterNuvem da USP.
“O objetivo central é compreendermos melhor a relação dos padrões de alimentação das várias regiões do Brasil com o risco de DCNTs, incluindo o câncer. Essas informações serão úteis para subsidiar ações e políticas mais efetivas para a prevenção do câncer no Brasil”, explica a nutricionista Maria Eduarda Melo, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA.
O Estudo NutriNet é coordenado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP). Além do INCA, a pesquisa tem como parceiros Unifesp, UFMG, UFRGS, UFPel) e Fiocruz (Rio de Janeiro e Bahia).