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SAÚDE

Fibromialgia atinge 2,5% da população mundial

Você já ouviu falar em fibromialgia? Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, essa doença atinge pelo menos 2,5% da população mundial. Mulheres com idade entre 30 e 60 anos são as mais afetadas, mas há também registros de casos em homens e jovens com menos de 30 anos. O fibromiálgico tem dor muscular generalizada e/ou crônica, no entanto, não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Normalmente, essa dor é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (a pessoa acorda cansada), falta de memória e atenção, podendo também gerar distúrbios do humor, como ansiedade e depressão.

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Maria do Carmo da Silveira, 63 anos, sabe bem o que é isso. Há 29 anos, a aposentada foi diagnosticada com fibromialgia. As dores, sejam musculares ou de cabeça, fazem parte da rotina de Maria. Ela conta que, quando passa por momentos de nervosismo ou estresse, no dia seguinte amanhece com fortes dores pelo corpo. Há quase três décadas convivendo com a doença, a aposentada sente falta da assistência do Poder Público.

“Essa doença tinha que ser levada mais em consideração, que tivessem mais atenção conosco, pois a gente vai ao médico e ele fala ‘tem que fazer hidroginástica’, então isso teria que ter disponível, um tratamento mais especializado pra que não sofrêssemos tanto, e fosse mais fácil de amenizar esse problema”, pontuou a aposentada.

O que causa a fibromialgia?

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a causa ainda não é totalmente esclarecida, mas acredita-se que pacientes com a doença apresentam uma alteração da percepção da sensação de dor. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.

A servente de limpeza, Rosimar da Silva, 48 anos, convive com a doença há 15 anos. Ela conta que precisou parar de trabalhar por conta das fortes dores que sentia. Atualmente, mesmo não trabalhando fora, os afazeres domésticos continuam sendo um verdadeiro desafio. “É muito difícil, a gente não consegue nem manter o serviço normal da casa, aqueles serviços básicos. É muito doloroso pra quem tem fibromialgia. O dia a dia da gente é esse, um dia por vez”, desabafou.

Rosimar fala que se tivessem mais iniciativas para pessoas com fibromialgia a vida de pessoas, como ela, seria mais confortável. “Se conseguíssemos ter prioridade em filas, assentos de ônibus, estacionamentos, isso iria ajudar muito o fibromiálgico. Não conseguimos ficar muito tempo em pé, pois é doloroso, então isso nos ajudaria muito”.

Legislativo busca alternativas

Pensando em trazer mais qualidade de vida para essas pessoas que lidam diariamente com a doença, o presidente da Câmara Municipal de Criciúma, vereador Tita Belloli, apresentou requerimento enviado à Unesc questionando se existe a possibilidade de implantar, após a pandemia, serviços de atenção à saúde das pessoas com fibromialgia.

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“Procurado por algumas pessoas que possuem esse problema, nós vimos a necessidade de fazer esse requerimento solicitando a nossa universidade comunitária, a Unesc, através da nossa reitora Luciane Ceretta, se existe a possibilidade da universidade fazer esse projeto para atender essas pessoas. É um momento importante, pois conversando com elas, a gente soube da dificuldade que enfrentam. Muitas vezes até não tem ânimo para seguir a sua vida, então nada mais justo do que, com o apoio da Unesc, ter um projeto em apoio à pessoa com fibromialgia”, ressaltou o presidente.

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