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JUCEMAR RAMPINELLI

Não aprendemos nada?

Assim como estamos vivendo algo que jamais havíamos experimentado, que é esse ataque desse vírus altamente transmissível que nocauteou nossa economia e colocou à prova todo o nosso sistema de saúde (falo em escala global), faz poucos anos experimentamos algo novo também, que foi o gostinho de ver muitos políticos e empresários corruptos verem “o sol nascer quadrado”.

Do nada, surgiu um tal de Sérgio Moro que, com os braços sagazes das instituições de segurança e a competência das Promotorias Públicas, se montou um tripé que descambou a desnudar um sistema criminoso tão complexo quanto corrupto. Foi cadeia geral!

Pessoas que no seu dia a dia comiam caviar (nunca vi, só ouço falar) e bebiam champanhe, num piscar de olhos passaram a comer “marmitinha” e beber água da torneira. Que maravilha! Que coisa linda! O Brasil, finalmente, começava (?) a ser uma nação séria.

Muitas instituições e entes de controle foram criados, p. ex., Gaecos e Observatórios Sociais, estendendo os braços da fiscalização e da punibilidade nos mais escondidos cantos desse Brasil. E veio uma eleição presidencial em que ecoou, horizontal e verticalmente, o extermínio da corrupção, do caixa 2, 3, 4...e elegemos governantes que pegaram a melhor onda, com um tubo e um lip...nota 10, acreditando (nós) em um país melhor para se viver.

Agora, estamos envoltos em manchetes e atos de corrupção na compra de materiais e equipamentos para combater o Coronavírus. Nesse Brasil-continente, que se imaginava fincado em uma nova era de transparência, de licitude, zelo pela coisa e dinheiro dos cidadãos volta (se é que alguma vez deixou) a se escarafunchar, como um PORCO (desculpa porco), no lodo podre da corrupção.

Mas como? Tantos foram presos, tantos foram os exemplos e quão envergada se mostrou a Vara da Justiça para que, mesmo assim, continuemos a produzir excrementos-governantes?

Mas como? Sabemos que “essas gentes” não tem vergonha, não honram o sobrenome de seus antepassados (se honestos, imagino); mas se pensava que temiam a espada da punição. Nem isso!

É tamanha a gula pelo dinheiro fácil, pelo dinheiro público (do povo) que esses excrementos desafiam as autoridades, desafiam os novos tempos, desafiam as estruturas da sociedade que ainda sonham com um país sério e digno de seus filhos.

É tão difícil "fazer a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo”? (Sérgio Moro)

Será que não aprendemos nada? Será?

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