No dia 23 de julho, data em que completa 78 anos de vida, o padre José Benjamin Cipriano, popularmente conhecido como padre Zézinho, celebra 50 anos de ordenação sacerdotal. Às 10 horas, haverá Missa Solene em Ação de Graças pelo seu Jubileu de Ouro na Catedral São José, em Criciúma, onde foi ordenado em 1972 e está em missão como vigário paroquial. A celebração será presidida por Dom Jacinto Inacio Flach, bispo da Diocese de Criciúma.
“Deus me deixou viver até agora com saúde para continuar servindo o povo e poder celebrar o meu jubileu, um momento de alegria e gratidão. Agradeço a Ele e a todos pelo carinho que, nesses quase 50 anos como padre, me permitiram realizar muitas coisas boas por onde passei”. Padre Zézinho nasceu no ano de 1944, na comunidade de Rio América, em Urussanga, aos 6 anos de idade sua família mudou-se para o bairro Mina Brasil, em Criciúma, onde reside até hoje.
Do seminário até a ordenação
Filho do casal Benjamin Cipriano e Maria da Silva Cipriano, Zézinho é o mais velho de 13 irmãos e desde pequeno sentia o desejo de seguir os estudos para ser padre. “Quando eu tinha 14 anos de idade, o padre Estanislau Cizeski foi até a nossa casa e comentou sobre o seminário, me recordo que naquele período já organizamos a minha ida para Tubarão”, relembra.
No seminário menor, em Tubarão, conheceu os colegas Valdemar Carminati e Sidnei Pedro Vitali, ambos integrantes do clero da Diocese de Criciúma. “Eu cheguei a pensar que não daria certo, mas o padre Estanislau acreditou em mim e com o tempo a gente vai conhecendo mais sobre o chamado que Deus tem para cada um de nós, vai ganhando o apoio dos colegas seminaristas e ganhando experiência”. De Tubarão, o então seminarista seguiu para Curitiba (PR) para concluir os estudos de Filosofia e Teologia.
Quando foi ordenado, a Igreja Matriz São José ainda não havia sido elevada à Catedral, uma vez que pertencia ao território da Diocese de Tubarão. “Estou prestes a completar 25 anos de atuação como padre nas duas dioceses do Sul catarinense. Em Tubarão, celebrei meu Jubileu de Prata, agora, em Criciúma, terei a alegria de comemorar o Jubileu de Ouro Sacerdotal”, enaltece.
O serviço ao povo
Prestes a ser ordenado, ainda em Curitiba, padre Zézinho estava reunido com outros colegas seminaristas e o bispo Dom Anselmo Pietrulla, que havia ido até a capital paranaense visitá-los. “Nós estávamos reunidos no seminário com o bispo da época e começamos a conversar para que cidade cada um de nós seria enviado, foi quando ele comentou que o padre Claudino Biff estaria me aguardando na cidade de Laguna”.
Durante oito anos trabalhou na cidade de Laguna, período em que conseguiu formar 14 grupos de jovens, além do Movimento de Irmãos com quem tem profunda relação. Em 1981, foi para Morro da Fumaça exercer seu ministério por seis anos na Paróquia São Roque, até a sua transferência para a cidade de Imaruí, onde permaneceu por mais três anos. Já em 1991, iniciou como pároco na Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, no bairro Morrotes, em Tubarão, período esse que permaneceu até completar 25 anos de ordenação presbiteral, em 1997.
Com a criação da Diocese de Criciúma, em maio de 1998, recebeu a autorização do então bispo de Tubarão, Dom Hilário Mosser, para se transferir. “Fiquei até o fim daquele ano na cidade de Tubarão e, em janeiro de 1999, fui acolhido por Dom Paulo e enviado para a cidade de Treviso, cidade que permaneci por cinco anos”, conta o padre sobre sua primeira missão na recém-criada diocese. Nos anos seguintes atuou nas cidades de Lauro Müller, Içara, Cocal do Sul, Urussanga e como capelão do Hospital São José, em Criciúma.
Dedicação ao Movimento de Irmãos
Em 1970, Monsenhor Bernardo José Kraisinski, então vigário da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR), iniciou o Movimento de Irmãos. Cinco anos depois, já entusiasmado com a missão do movimento, padre Zézinho começou a expansão para a Diocese de Tubarão, em janeiro de 1977, e na Diocese de Criciúma, em julho de 1977.
“Fui diretor do movimento durante todos esses anos nas duas dioceses, por onde passo sempre sou reconhecido e acolhido pelos integrantes do grupo, é um movimento muito bonito que me faz muito bem”, resume.