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GERAL

VIII Festa Dell’Immigrazione levou o presente ao passado, ou vice versa.

"Eu quero dizer que isso aqui pra mim é uma coisa que eu jamais pensava em fazer. Minha nona, quando eu era pequenininha, me colocava no colo e contava que, com a minha idade veio de navio e depois de trem pra chegar aqui. Hoje eu estou fazendo exatamente como ela fez".

Esse testemunho, de uma das senhoras que estava na Maria Fumaça, revela o quanto foi impactante a recriação de um fato histórico. Foram 80 atores - pessoas da região - que, vestidas com roupas e acessórios da vinda dos primeiros imigrantes, mostraram a chegada, em 1891, dos nossos antepassados.

Mais de duas mil pessoas aguardavam a locomotiva Maria Fumaça trazendo os imigrantes. A chuva prevista não veio e a multidão tomou as margens da linha férrea. A espera e ansiedade pelo momento histórico se avolumava, mas valeu a pena.

O rastro de fumaça no horizonte era sinal de que ela estava chegando. O apito inconfundível ao longe anunciava o tão esperado momento. A "maquina a vapore" foi chegando lentamente, o apito característico da charmosa Maria Fumaça foi intensificado e, ao se aproximar da estação construída especialmente para o evento, já se viam as famílias acenando de dentro do trem.

No entorno, mistura de lágrimas e perplexidade. À espera se viam as bisnonas nonagenárias, adultos, jovens e crianças impactadas por uma cena só vista na televisão. À espera do desembarque, os imigrantes olhavam pelas janelas com a mesma emoção, não acreditando na multidão que os aguardavam.

Grupos de cantores - mais de cinquenta - iniciaram o "Merica Merica, cosa sara essa Mérica" e a porta se abriu entregando os desbravadores às terras brasileiras. Um cenário épico, histórico e inédito na região. Nesse momento, o Circolo Bergamasco di Rio Maina provou, se ainda precisava, que não há limites quando se tem organização e coragem. No dia 10 de novembro de 2019, os "talianos" do Rio Maina voltaram à primavera de 1891. Mais fotos na sessão de eventos.